domingo, 20 de março de 2011

Há algum emprego que a pessoa receba dinheiro para ler?

Se sim, como eu consigo esse emprego?

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Resistência.

"É pelas pequenas coisas que compreendemos, que medimos a extensão da nossa solidão física, da qual, no fundo, sofro bem pouco. Entretanto, ontem, descendo a escada para fazer o que se convencionou chamar de 'passeio', Jacotte apertou a minha mão ao passar, apertou minha mão sobre o corrimão da escada. Não consigo esquecer essa sensação cálida, essa sensação física de carne humana roçando a minha pele. Uma carícia, após três meses de solidão absoluta, fica marcada. E o prazer que se sente revela o deserto em que se vive aqui. O mesmo acontece com a feiúra e a sujeira reinantes. Acabamos, com o tempo, não prestando mais atenção. Ainda assim, eu, que não choro nunca, que não derramei uma única lágrima depois de ser presa, comecei a soluçar como criança ao receber, trazidas pelo guardião (um pobre diabo, esse aí), duas flores enviadas por Jacotte. Uma rosa vermelha e uma centáurea-azul. As cores de Paris! Eu não via o menor pedacinho de verde, o mais ínfimo vestígio de natureza há mais de três meses. Bastam duas flores mandadas por uma amiga gentil para romper meu equilíbrio, minha indiferença fingida!"

Agnès Humbert, Resistência - A história de uma mulher que desafiou Hitler, página 77.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Respire fundo.

Há claramente diferenças óbvias - com essa redundância intencional - entre viver "passeando, planando" e viver "na ponta dos cascos", "on the edge", como eu acho que define melhor.

Há pessoas que gostam de assistir a vida, a própria vida e a dos outros também. Não se envolvem de verdade com nada e o comprometimento nunca é mais do que parcial. Estão sempre por cima, o que nesse caso é pejorativo, nunca estão dentro e não fazem parte, no sentido amplo e no sentido restrito também. Nem de coadjuvantes podem ser chamados, afinal, não passam de meros extras.

Há pessoas, por outro lado, que gostam de mergulhar fundo, tem necessidade de mergulhar fundo. Se envolvem e tem comprometimento sério e real em diversos níveis, variando este nível de pessoa para pessoa e com o assunto em questão. Quando a situação tende a ficar calma, sentem-se até mal. Dependendo do caso, podem ser coadjuvantes, ter um papel de destaque ou mesmo ser o ator principal. O que mais sacrifica, o que mais sofre, mas o que mais ganha, o que obtém mais satisfação.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Superação.

http://noticias.uol.com.br/especiais/terremoto-haiti/ultnot/2010/01/20/ult9967u142.jhtm

"20/01/2010 - 10h29 - Outro sobrevivente é uma haitiana de cerca de 70 anos que foi resgatada dos escombros da Catedral de Porto Príncipe por bombeiros mexicanos que se emocionaram ao ouvi-la cantando depois de uma semana soterrada.

Os socorristas se abraçaram chorando enquanto a senhora, coberta de pó, era colocada numa maca improvisada onde recebeu soro intravenoso e um cobertor térmico antes de ser levada para um hospital.

Anna Zizi foi resgatada duas horas antes de completar exatamente uma semana da ocorrência do terremoto que devastou o país."

http://www.youtube.com/watch?v=RGpO_fHAIfo

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Constatação?

No filme Código de Conduta, é errado lamentar o final?
Há legitimidade na vingança?

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Constatação.

Sim, de volta.
Num mundo injusto, os menos injustiçados devem se considerar repletos de justiça?

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Aprendizados.

A diferença entre "can" e "could"...
Nenhum ato de bondade, por menor que seja, passará despercebido.